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Unidade 3


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Introdução

Olá, aluno(a)! Neste conteúdo navegamos nas tendências do mercado publicitário visitando novas práticas e representações de consumo. O indivíduo no contexto do coletivo e após como identidade. Partimos do pressuposto de pesquisadores atuais que identificam mudanças na publicidade e propaganda a partir das novas necessidades de consumo e da mudança no perfil de públicos consumidores.

O mercado publicitário tem passado por alterações; muitas campanhas não estão utilizando estratégias tradicionais. Novas tecnologias, mídias digitais e novos comportamentos de consumo exige que nos adaptamos no presente para obtermos um futuro promissor.

Bons estudos!

Tendências do Mercado Publicitário

Em um mundo em constante transição, onde novas tecnologias e comportamentos surgem, a publicidade também não fica parada. É nesse contexto que se pontua a importância de estudar novas teorias que pesquisam as novas tendências da comunicação.

É possível afirmar que o mercado atual está cheio de incertezas, novos desafios e transformações. Há o surgimento de novas mídias, como a digital, que permite uma maior interação entre usuários e marcas, permitindo também que o consumidor controle o conteúdo que irá consumir.

Com essa mobilidade, podemos ler notícias, escutar músicas, assistir televisão em praticamente todos os lugares. E, claro, o fluxo de conteúdos e o fácil acesso dá uma sensação de imediatismo, ou seja, simplificando procedimentos e dispensando mediações. Para entender como a publicidade se insere nesse contexto, vamos conhecer algumas reflexões de teóricos da área para entender a mudança que o mercado está passando.

Reunimos alguns conceitos produzidos recentemente a respeito da publicidade em vários campos do saber para a realização de estudos quanto ao presente e o possível futuro do mercado publicitário.

Adiante apresentamos alguns conceitos sobre arenas da comunicação, publicidade híbrida, publicização e representações do consumo.

Arenas da Comunicação

Em seu livro As Novas Arenas da Comunicação com o Mercado (2008), o professor Francisco Gracioso faz uma reflexão sobre a propaganda em um cenário de múltiplas formas de comunicação que o mercado apresenta. Para as empresas, sempre foi importante que os consumidores mantivessem um contato com as marcas.

Em uma pequena reflexão, podemos observar que, até meados do século XX, a publicidade se utilizava, basicamente, de televisão, rádio, revista e outdoor (mantendo alguns meios alternativos), mas hoje há uma dezena de formatos e meios, como internet, busdoor, tv corporativa, telemarketing, anuários, guias impressos, mídia em elevador, shoppings e aeroportos, diversas formatos de material de ponto de venda etc.

Há algumas décadas, a propaganda das empresas era o caminho garantido para se ter um sucesso de comunicação com seus mercados, porém, hoje, há uma grande batalha nas arenas da comunicação.

Isso não quer dizer que a publicidade e propaganda está perdendo espaço, mas há uma grande competição entre marcas para introduzir novos posicionamentos na mente dos consumidores. É possível perceber um investimento enorme em promover experiências ao público-alvo.

Esse é um ponto chave que o autor discute sobre o poder comunicador do espetáculo. Isso pode acontecer com uma apresentação no estacionamento do shopping, uma exposição, mega show, desfile de moda, eventos esportivos. No novo universo digital há uma grande potencialidade de proporcionar uma interação incrível para o usuário.

Quando falamos de novas arenas da comunicação, a mídia é o fator decisivo que explica a repercussão do que ocorre nelas. Não é por outra razão que o mundo é hoje dominado por grandes conglomerados que incluem veículos de massa e empresários de espetáculos (GRACIOSO, 2008, p. 18).

Assim, podemos observar que a propaganda tradicional perdeu espaço para essas novas formas de comunicação (eventos, moda, esporte, patrocínios etc.) que têm se mostrado eficientes para as empresas quanto ao emprego do marketing de relacionamento e criação de conceitos das marcas. A publicidade tradicional já não é mais a única maneira de comunicar seu produto e sua marca para os mercados.

Um bom exemplo a ser aproximado é o da Red Bull, marca de bebidas energéticas, que tem utilizado vários canais para proporcionar experiências positivas e criar um conceito de marca para seus consumidores.

Basicamente, a empresa utiliza-se da geração de conteúdo pertinente e interessante, proporcionando grandes espetáculos, patrocinando eventos específicos ou até criando seus próprios eventos.

A Red Bull cria conteúdos que engajam seu público sobre esportes (a maioria radicais), músicas, estilo de vida e outros tópicos que são abordados e compartilhados nas redes sociais da marca.

O interessante é a capacidade que ela tem de vender sua marca sem empurrar seu produto. Seu conteúdo se concentra apenas no prazer do leitor, não vendendo a Red Bull. Pela interação com os conteúdos, o público começa a associar seu produto ao conteúdo que eles adoram consumir.

O conteúdo que a equipe de marketing da Red Bull cria está no mesmo nível de outros principais meios de comunicação de que seu público pode consumir. Assim, as ações que a empresa promove são sempre muito bem planejadas e trazem uma boa repercussão para a marca.

A Red Bull também é conhecida pelos eventos que patrocina ou promove. A empresa divulga sua marca e a associa com coisas que seu público ama. São espetáculos que vão desde manobras com rampas e corrida de carrinhos de rolimã, até corrida de aviões e um astronauta que fez um salto do espaço.

Figura 3.1 - Red Bull e a corrida de aviões
Fonte: JozsefSoos / 123RF.

Empresas como a Red Bull estão indo além da publicidade tradicional e explorando novas arenas da comunicação com o mercado, proporcionando espetáculos atrativos aos seu público-alvo.

Publicidade Híbrida

Não só o mercado publicitário tem passado por mudanças, mas também a indústria do entretenimento e as novas tecnologias. Nesse cenário, há uma transição da publicidade tradicional para novas formas de entretenimento que as tecnologias interativas proporcionam.

A interação que as novas tecnologias proporcionam uma rediscussão quanto ao termo consumidor, já que atualmente não apenas consome conteúdo, mas também interage e produz ativamente. O pesquisador Alvin Toffler sugere um novo termo para este produtor-consumidor: o prossumidor (prosumer).

As mídias, na atualidade, possibilitam que a publicidade se utilize do entretenimento para proporcionar mais interatividade com seu mercado-alvo, dando mais destaque para o receptor/consumidor.

Rogério Covaleski (2010), em seu livro Publicidade Híbrida, investiga esse processo de hibridização da publicidade contemporânea. As novas mídias (internet, televisão digital, totens interativos etc.) permitem que os conteúdos possam utilizar de diversas linguagens para a transmissão de sua mensagem.

O ambiente midiático sempre se utilizou do entretenimento como forma de captar a atenção do receptor, agora, mais do que nunca, a publicidade também tem se aproveitado disso.

Figura 3.2 - Meios híbridos e a publicidade
Fonte: jossdiim /123RF.

Pelo entretenimento, as marcas e seus consumidores têm se relacionado. Isso vai além da simples geração de conteúdo relevante para o público: é importante que o público interaja, dialogue e expanda o conceito das marcas.

Os profissionais de publicidade e marketing, de forma híbrida, misturam argumentos (de venda e entretenimento) com linguagens poderosas associadas à diversão, seja criando um filme, um jogo ou uma plataforma de relacionamento. Esta é a ideia da “publicidade híbrida”:

Na publicidade, é crescente e perceptível o surgimento de soluções híbridas que aliam as funções de anunciar, entreter e interagir, de modo concomitante: uma nova comunicação publicitária, para novos emissores e receptores (COVALESKI, 2010, p. 47).

A publicidade híbrida foge do convencional, pois deve entreter e interagir com o seu consumidor, o discurso deve ser elaborado para que entretenha e venda (produtos ou conceitos) a partir das novas ferramentas e fundamentos. Muitas vezes se utiliza de linguagens de outras mídias. O que a comunicação publicitária precisa não é estabelecer uma relação entre a marca e o produto, mas sim entre a marca e o conteúdo de interesse do consumidor.

Outras formas de comunicação estão sendo utilizadas pela publicidade, como o entretenimento. Para continuar sendo eficiente no cenário atual, a publicidade está hibridizando linguagem de outras áreas.

Percebemos, assim, que a publicidade passa por um processo de mudança, ou seja, não é concreta e atrasada, está em constante mudança e se mistura conforme as mídias e conforme o consumo se altera.

Um dos casos estudados pelo autor para fundamentar sua tese é da marca Brastemp, a qual criou uma microssérie para tevê com sete episódios e extras que foram disponibilizados em seu canal no YouTube. Nas peças havia a exposição da marca, demonstração de uso e até características dos produtos.

Feita pela agência DM9DDB, a campanha intitulada “Gourmand em Casa”, trazia vídeos que simulavam um sitcom (gênero televisivo de humor), com personagens fixos e histórias que puderam ser acompanhadas pelo público em diferentes mídias. Havia um perfil no Facebook e no Twitter do protagonista da série, além de um blog que apresentava as receitas e comentários dos episódios.

Esse é apenas um exemplo de como as campanhas publicitárias estão mudando. Pelo entretenimento e utilização de várias linguagens pelas novas mídias, é possível fazer com que a publicidade saia do tradicional e interaja com seu público de maneira mais engajada.

Publicização

Na era da informação, o consumidor está mais esperto. Trabalhar conceitos de venda tradicionais já não garante as vendas de um produto ou conceito. Hoje, a publicidade e a propaganda devem ir além dessa venda e propagar ideias por meio exclusivo dos seus anúncios.

É possível perceber que algumas campanhas conseguem se espalhar socialmente mais do que outras. Hoje, a publicidade tem um potencial de se disseminar por meio da produção cultural contemporânea. Ir além da publicidade tradicional é se utilizar das arenas da comunicação que discutimos anteriormente.

O professor Vander Casaqui (2011), em seu artigo "Por uma teoria da publicização: transformações no processo publicitário", faz uma proposta com o termo publicização. A sua análise parte do pressuposto das transformações do processo publicitário que é influenciado pelo cenário atual: novas tecnologias, formas de se socializar, ritualidades e até institucionalidades.

Na sociedade de consumo, os profissionais necessitam trabalhar nos pontos de encontro entre consumidores, produtores, mercadorias e fluxos de comunicação, pois nossa vida está vinculada sobre como a comunicação contemporânea é vinculada ao consumo.

É uma tarefa complexa fazer publicidade na atualidade. Casaqui (2011), ao propor a “publicização”, tenta explicar como a comunicação das marcas necessitam ir além do espaço publicitário tradicional e partir para novas mediações da propaganda e publicidade. Deve trabalhar os vários contatos de interação com os seus públicos.

A internet pode ser um exemplo nítido para compreender isso, já que ela “tem abrigado iniciativas instigantes para a discussão sobre os limites (ou a ausência deles) entre produção, consumo e estratégia persuasiva” (CASAQUI, 2011, p. 144).

No cenário atual, repleto de novas tecnologias, mídias, informação e relações digitais, há uma transformação no processo publicitário:

A cultura corporativa se move na busca de outro lugar, em que sua produção é colocada em circulação social na interseção com ideários contemporâneos, com debates e temas em evidência em dado momento, com as transformações dos papéis dos consumidores (CASAQUI, 2011, p. 149).

É importante salientar que a publicidade e propaganda não define a compra de um produto ou conceito, são os consumidores que decidem isso. A comunicação publicitária são apenas influenciadoras nesse processo de compra e venda, e a internet tem um papel ainda mais ativo na sua escolha.

Assim, diferentemente da publicidade, a publicização tem o intuito de fomentar um discurso não comercial, por meio da divulgação de ideias e pensamentos que possuem o objetivo de trazer uma reação do público receptor.

Ao identificarem as necessidade e desejos dos consumidores (muitas vezes por meio de pesquisas de mercado), as marcas colocam seus discursos em circulação no consumo midiático e focam em contatos próximos de seus públicos.

Uma vez que os discursos publicitários propagam-se pelas mídias e processos sociais, as marcas começam a ganhar significados particulares e emoções para o público. Os consumidores possuem suas necessidades, os publicitários a identificam e desenvolvem discursos que geram relações entre marca e seu público.

REFLITA

Sustentabilidade

Podemos perceber como uma parte da população tem levantado questões com respeito ao consumismo exagerado de produtos. Você já parou para pensar qual o papel da publicidade em um mercado no qual a ideia é não consumir tantos produtos?

Uma vez que os produtos ganham um conceito na mente do consumidor, os produtos não são mais consumidos somente pela sua função básica, mas pela simbologia que representa. Então, a ideia tradicional do que é publicidade – uma comunicação que atrai a atenção do receptor, desperta o interesse por produto ou marca e o motiva comprar – pode ser rediscutida.

Percebemos, então, que a comunicação publicitária está diferente, pois tem assumido formatos tão variados que está quase irreconhecível. O termo sugerido por Casaqui (2011), a publicização, aparece no intuito de redefinir o que é publicidade.

O discurso publicitário deixou de ser visto a partir dos seus formatos de mídia clássicos, já que tem como característica de observar o seu interlocutor como consumidor. Este consumidor tem praticamente exigido novos formatos de interações e relações com as marcas que consome.

A maneira mais fácil de exemplificar esse conceito é com a política. Fazer com que assuntos sejam discutidos e pautados pela sociedade pode eleger ou derrubar um político. Isso é percebido nas campanhas eleitorais e o esforço que os candidatos fazem seus argumentos e propostas circularem, ou melhor, publicizarem-se entre os eleitores.

No meio empresarial, uma marca que tem feito isso de uma maneira interessante é a Coca-Cola. No intuito de ligar os seus produtos com o tema "felicidade", a marca tem criado vários esforços e ações para que seu mundo seja publicizado entre seus consumidores.

Figura 3.3 - Ações da Marca Coca-Cola

O esforço em ligar sua marca ao Natal, por exemplo, vai além dos comerciais de televisão, rádio e outdoor. Ao redor do mundo, acontecem diversas ações, como a clássica carreata de Natal da Coca-Cola. O intuito é claro: ligar seus produtos com esta época confraternização.

Mas há várias outras ações que a marca promove seja por festas, patrocínio de eventos, distribuição de brindes ou máquinas que espalham a felicidade, como a Máquina da Felicidade Coca-Cola. Essa ação ocorre em locais de grande circulação e uma máquina de refrigerantes da Coca-Cola distribui flores, pizzas e lanches, que deixam todos ao redor surpresos.

Essa e outras ações da Coca-Cola são gravadas e compartilhadas entre os usuários na internet. Se você pesquisar irá encontrar vários vídeos que trabalharam os temas propostos pela marca (amizade, felicidade e humor) uma forma de publicizar seu conceito para o mercado.

A publicização é um conceito que abrange as transformações das estratégias publicitárias. Esta comunicação das empresas é influenciada pelas novas formas de relacionamento entre as pessoas, pelas novas tecnologias e pela circulação de conteúdos mediáticos.

Representações do Consumo

Como seria se todos usássemos roupas idênticas, os carros e casas padronizadas e usássemos produtos iguais? Seria uma sociedade muito diferente da que vivemos na atualidade.

Não temos os mesmos gostos e consumimos produtos diferentes. Boa parte dos bens que compramos e usamos trabalham códigos culturais, que classificam os objetos e pessoas. Pelos produtos, as pessoas se diferenciam e também se assemelham.

O consumo está relacionado com a nossa cultura e a experiência da vida cotidiana. São esses códigos culturais que dão coerência às relações sociais que falam de identidades e grupos, definem as escolhas entre gostos e estilos, lojas e shoppings, marcas e grifes, instintos e necessidades.

Para poder discutir melhor isso, é importante citar o livro Representações do Consumo - Estudos Sobre a Narrativa Publicitária (2006), de Everardo Rocha. O autor faz uma discussão sobre como, na cultura contemporânea, a publicidade e os meios de comunicação de massa se empenham em patrocinar um sistema que permite a experiência do consumo.

O autor contextualiza a publicidade em dois contextos: como significação e como conjunto de valores. Dessa maneira, é possível atribuir sentidos aos bens de consumo e às marcas.

Como sistema de significação, é possível observar o estilo de vida da sociedade, seja pelos meios de comunicação, pelo marketing, com a publicidade e propaganda, por meio de etiquetas, marcas, anúncios, campanhas, embalagens, slogans, rótulos, jingles, entre outros. Criam esse sistema amplo e intenso de dar significado aos bens, categorizando a produção e tendo um consumo socializado.

Dentro da cultura há um conjunto de valores que podem definir novas práticas e fazer com que as pessoas tenham diferentes experiências de consumo. Assim, na sociedade contemporânea, esses sistemas de representação e práticas sociais conduzem o indivíduo em suas escolhas e consumo.

O conceito de representações do consumo proposto propõe que, ao analisar os discursos publicitários, é possível estudar o homem contemporâneo, já que os indivíduos são propensos às assimilações dos conceitos de significação dos produtos.

Em cada anúncio vendem-se, significativamente, mais estilos de vida, visões de mundo, sensações, emoções, relações humanas, sistemas de classificação do que os bens de consumo efetivamente anunciados. Produtos e serviços são vendidos para quem pode comprar; os anúncios, entretanto, são vendidos indistintamente (ROCHA, 2006, p. 16).

Sendo assim, a publicidade deixa de ser apenas um fenômeno mercadológico e passa a ser considerada como discurso que atribui sentido aos bens de consumo e às marcas.

O mercado de moda pode ser um dos melhores exemplos para poder enxergar esses conceitos. As coleções não inventam novos produtos, apenas repaginam e fazem releituras pelas tendências.

As marcas desempenham um papel fundamental nos produtos de moda: comprar determinada marca porque meus amigos falam bem e gostam, pois quero me apresentar bem no emprego ou porque quero mostrar que tenho determinada personalidade.

Uma camiseta branca, por exemplo, é um produto básico, mas que se tiver uma logomarca de um jacaré o cliente faz uma leitura diferente, pois se trata da grife Lacoste.

Para entender melhor como funciona a significação e consumo, vamos analisar o caso das Havaianas, que obteve um reposicionamento da sua marca por meio de ações de marketing e da mídia.

Figura 3.4 - Caso Havaianas de Reposicionamento
Fonte: Kai Hendry/ Wikimedia Commons.

As conhecidas Havaianas foram criadas na década de 60 pela Alpargatas. Essa sandália foi inspirada em um modelo japonês, cuja solas são feitas de palha de arroz.

Já na década de 80 as Havaianas eram populares no Brasil, ao ponto que o governo incluiu as sandálias na lista de produtos fundamentais para controlar a inflação. Era um produto preterido pela população de maior poder aquisitivo, a qual o classificava como inferior, e as sandálias eram utilizadas por pessoas de classes sociais de menor renda. Havia um sentimento de vergonha ao sair de casa com elas. Comparado aos dias de hoje, como esse comportamento mudou… olha a força da propaganda e da publicidade.

Entretanto, no final do século passado, a empresa resolveu dar uma nova roupagem ao produto: entrar no ramo da moda. Iniciou campanhas utilizando celebridades da televisão com o slogan: todo mundo usa.

FIQUE POR DENTRO

Estratégia Havaianas

O caso Havaianas é considerado um dos maiores cases de sucesso brasileiro, pois transforma totalmente o conceito do produto e da marca trabalhando estratégias específicas. A marca se transformou em um símbolo de moda e representa a brasilidade para o mundo. Se você quer conhecer um pouco mais sobre a história da marca, no site da Alpargatas tem uma linha do tempo interativa para que você possa acompanhar essa evolução. Para saber mais, acesse o link a seguir.

https://www.havaianas.com.br/a-historia.

Após vários anos de ações de marketing, as Havaianas ganharam renome internacional, desfiles de moda, filmes de Hollywood… o que transformou um produto considerado feio e popular pela sociedade em um símbolo de diversão, moda e descontração.

Vimos aqui um caso de sucesso e de orgulho para o Brasil. Um bom produto, uma gestão competente e uma comunicação diferenciada fizeram da marca um ícone de consumo.

O Profissional do Segmento de Publicidade

O mercado publicitário é uma indústria criativa e extremamente acelerada que requer estudantes inovadores e com raciocínio rápido. O acadêmico da área deve desenvolver habilidades práticas necessárias para montar e executar campanhas de publicidade e marketing bem-sucedidas.

É importante compreender as teorias contemporâneas de como a publicidade funciona e conceitos de branding e ver como aplicar isso às campanhas de publicidade e relações públicas. A maioria dos cursos de graduação também examinará o lado ético da publicidade e do marketing e como isso afeta nossa cultura e a forma como vivemos nossas vidas.

FIQUE POR DENTRO

Marketing

O site “Marketing Sem Gravata” possui vários conteúdos sobre publicidade e propaganda, marketing digital, tecnologia e empreendedorismo. São publicações, e-books e cursos que estão disponíveis para serem estudados por quem tem interesse em se aprofundar ainda mais no assunto. Para ficar por dentro, acesse o link a seguir.

https://marketingsemgravata.com.br/.

Pode-se concluir que o profissional de Publicidade e Propaganda, além da formação em comunicação social (relacionado às mídias, às práticas profissionais e sociais e a suas inserções culturais, políticas e econômicas) deve possuir conhecimentos teóricos e práticos na execução de soluções comunicacionais para as instituições, empresas ou o mercado em geral.

Figura 3.5 - As competências de um bom profissional

Também é preciso possuir entendimento em atividades de marketing, venda pessoal, design de embalagens, assim como em planejamento, criação, produção, divulgação e gestão da comunicação publicitária, entre outras ações promocionais e de incentivo.

O Mercado de Trabalho

Os publicitários normalmente começam a trabalhar em nível júnior em uma agência de publicidade, trabalhando na criação de campanhas ou auxiliando as já existentes, observando o desenvolvimento de novos negócios.

É possível seguir a carreira dentro de uma organização da indústria ou do varejo, mas também há muitos profissionais de publicidade que, eventualmente, optam por se tornarem freelancers ou criarem suas próprias empresas.

O profissional de Publicidade e Propaganda, ao se graduar, pode traçar diferentes caminhos para construir sua carreira. Os publicitários podem trabalhar tanto em empresas privadas, quanto em ONGs ou setor público, na maioria dos casos nas seguintes áreas:

Agências de Publicidade

O publicitário pode atuar em todos os departamentos de uma agência: atendimento (executivo de contas ou prospecção), planejamento (pesquisador ou planejador), criação (designer, diretor de arte ou redator), mídia (compras, planejador ou check-in), produção (fotógrafo ou produtor RTV) e digital (social media, planejador ou design de interfaces).

Marketing

Até alguns anos atrás, apenas grandes empresas tinham um departamento de marketing montado, mas hoje empresas de médio e, em alguns casos, pequeno porte também têm criado seus departamentos. O publicitário pode trabalhar como gerente, analista, assistente ou auxiliar de marketing.

Pesquisa de Mercado

É possível trabalhar dentro de institutos de pesquisa, seja na área de planejamento de pesquisa, como também na execução e análise de dados coletados.

Comunicação Digital

É crescente a necessidade de profissionais da comunicação nas empresas de tecnologia, seja na criação de soluções de usabilidade, publicidade on-line, geração de conteúdo, marketing digital etc.

Promoção de Vendas

Ligado diretamente ao departamento comercial das empresas, atuar na área de promoção de vendas é planejar e executar ações que estimulem as vendas. Em alguns casos, há a necessidade de ações mais pontuais ou de participação em grandes eventos.

Consultoria

O publicitário pode trabalhar prestando serviços como consultor, ajudando as organizações a definirem boas estratégias para as suas marca e divulgação de produtos.

Veículos

É comum encontrarmos publicitários trabalhando dentro dos veículos de comunicação, seja dentro do departamento de marketing deles ou também como produtor e/ou executivo de contas.

Produtoras e Fornecedores

É possível trabalhar em produtoras de vídeo, áudio e internet e também fornecedores do setor como gráficas e estúdios de fotografia, entre outros.

Aqui estão listadas algumas das muitas áreas que o profissional formado em Publicidade e Propaganda pode atuar, mas há inúmeras outras carreiras que você pode seguir, como montar seu próprio negócio e se tornar um empreendedor.

Consumismo e Sustentabilidade

Podemos observar que os consumidores estão seguindo uma direção do consumo de produtos em apenas TER e não SER, ou seja, a compra de produtos que representem um estilo de vida e/ou como quero me comunicar para a sociedade.

Com o passar do tempo crescem os questionamentos quanto às formas exageradas de consumo, e como o marketing e a publicidade podem promover compras desnecessárias por meio de anúncios cada vez mais apelativos.

Como futuros publicitários, é importante refletir sobre o papel de cidadãos e profissionais nesse mercado a partir dos conceitos da responsabilidade social empresarial com relação ao consumismo e à sustentabilidade.

Sobre o conceito de sustentabilidade, devemos entender que é a qualidade de ser sustentável: é uma característica de conseguir uma conversação ou manutenção.

Pensamos que a definição da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) seja mais interessante para compreendermos o termo: “o desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades” (CCMAD, 1991, p. 46).

Essa definição está em um documento conhecido como Nosso Futuro Comum, feito na Conferência das Nações Unidas, na qual foram discutidos pontos sobre mudanças climáticas, crise social e ambiental. Essa conferência é conhecida como Rio 92 e gerou um relatório interessante sobre um desenvolvimento sustentável.

Sendo assim, vemos que sustentabilidade não está relacionada somente ao plantio de árvores, separação de lixo, manutenção da fauna e flora, mas também poder atender a geração atual em suas necessidades, de forma que não afete as próximas gerações nas áreas ambientais, sociais, políticas, entre outras.

Dentro de uma empresa, por exemplo, podemos afirmar que é sustentável a partir do momento que possui ações que integrem a produção, a conservação e ampliação dos recursos.

Sacks (1993), pela Agenda 21 brasileira, categoriza os tipos de sustentabilidade, observe o infográfico a seguir.

Sustentabilidade ecológica

está relacionada ao crescimento e a manutenção de recursos naturais, incorporados nas atividades produtivas.

123rf.com

Sustentabilidade ambiental

trata-se da manutenção da capacidade de sustentação dos ecossistemas, isso demanda da eficácia de absorção e recomposição dos ecossistemas a partir das agressões resultantes da ação humana.

123rf.com

Sustentabilidade social

refere-se à evolução e melhoria da qualidade de vida da população. Tange os problemas de desigualdade e de inclusão social de uma população. Foca em ações políticas regulatórias e de distribuição de questões como saúde, educação, habitação e seguridade social.

123rf.com

Sustentabilidade política

neste ambiente, a sustentabilidade se refere aos métodos para construir e garantir a cidadania da sociedade, garantindo a participação dos indivíduos no processo de desenvolvimento.

123rf.com

Sustentabilidade econômica

está relacionada à eficiência dos recursos
em geral, devendo haver uma regularidade de fluxos do investimento público e privado. Esta acarreta em uma avaliação sobre eficiência por processos macro sociais.

Fonte: Sacks (1993)

123rf.com

No contexto de desenvolvimento sustentável, fica fácil observarmos como o consumismo pode impactar o meio ambiente, o social e a economia.

A ideia de Consumo Sustentável está relacionado à escolha de produtos que foram produzidos com a menor quantidade de recursos naturais, mas, ao mesmo tempo, que garantam empregos decentes aos trabalhadores das empresas que os produziram, serem facilmente reaproveitados e/ou reciclados e que garantirem uma boa funcionalidade para quem o adquira.

Alguns produtos são vendidos por preços exorbitantes e, muitas vezes, possuem obsolescência programada, ou seja, são produtos que custaram para seus consumidores e que o fabricante desenvolveu de forma que se torne obsoleto ou não-funcional em um determinado tempo. A ideia é forçar o consumidor a comprar uma nova geração do produto futuramente.

O consumo sustentável é comprar aquilo que é realmente essencial, ampliando a vida útil dos produtos o máximo possível. O consumismo é um resultado inevitável do mercado capitalista.

Atualmente, pensar nesse desafio é tão importante quanto pensar em investimentos e lucros, já que é uma extensão natural da responsabilidade social.

É de responsabilidade dos varejistas e fabricantes oferecer aos clientes uma variedade de opções; fornecer informações claras e adequadas sobre os seus produtos; e esforçarem-se para proteger seus clientes de fraude comercial ou serem mal orientados. Os fabricantes devem ter em mente a proteção dos consumidores e atualizar os clientes sobre as alterações feitas nos produtos.

Por mais que a ideia de explorar e induzir o erro do consumidor tornou-se um fenômeno mundialmente difundido, os varejistas e fabricantes devem fazer sua parte na proteção e educação dos clientes.

Sob o viés da publicidade e propaganda, a falsa representação é uma das piores práticas de negócios em relação ao consumismo socialmente consciente.

Por exemplo, há empresas que se utilizam de publicidade enganosa (como anúncios que exibem seus produtos ao lado de imagens da natureza e slogans "verdes") e alegações não justificadas (alegando que um produto é ecologicamente correto quando contém apenas um pouco menos de aditivos químicos do que os produtos concorrentes).

Consumidores preocupados com o desenvolvimento sustentável, ao investigarem a legitimidade dessas ações, podem ficar desencorajados e criar uma má reputação pela marca.

Não só há desafios, mas também oportunidades para as empresas. É fato que rotular e identificar ofertas socialmente responsáveis é um desafio para as empresas. Contudo, muitos consumidores querem opções mais socialmente responsáveis, mas não têm tempo, capacidade ou motivação para se informar. As empresas que criam soluções para esse consumidor saem na frente no mercado.

Há algumas discussões sobre como o investimento corporativo em sustentabilidade deve ser recompensado pelo governo, encorajando, assim, mais marcas a participarem do desenvolvimento sustentável. Entretanto, muitos discutem o quanto a regulamentação do governo não é o suficiente, já que os líderes da indústria devem tomar a iniciativa de formar associações e padrões com adesão voluntária.

O governo pode desempenhar um papel na educação do consumidor por meio de campanhas de marketing social e marketing verde. Ao se ajustarem às novas políticas, os consumidores regulam o seu comportamento. Um exemplo é a proibição de sacolas plásticas ou pesticidas sintéticos em alimentos. Os governos podem oferecer incentivos para empresas e indústrias que adotam e aprimoram práticas socialmente responsáveis.

Como os consumidores responderão às mudanças iniciadas pela empresa também é incerto. É melhor "tornar verde" um produto existente ou criar uma nova marca "verde"? Talvez o mercado recompensará iniciativas de sustentabilidade em empresas com produtos de alta qualidade.

É claro que são os consumidores que têm poder de decidir o que irá influenciá-los nas suas escolhas de consumo. Aqui tomamos contato com um dos papéis dos profissionais: como direcionar os consumidores para escolhas de qualidade e responsáveis.

REFLITA

Consumo Consciente

Podemos também perceber como uma parte da população tem levantado questões com respeito ao consumismo exagerado de produtos. Você já parou para pensar qual o papel da publicidade em um mercado onde a ideia não é consumir tantos produtos mas sim reaproveitá-los? Como a publicidade pode apoiar essa ideia?

Considerações Finais

Chegamos ao final desta unidade com o objetivo de que você tenha aproveitado os conteúdos preparados para você sobre publicidade e propaganda. Trata-se, sem dúvida, de um segmento em constante mudança acompanhando as tendências e necessidades de um mercado cada vez mais exigente e mutante. Seguiremos em nossa busca pela excelência de informações e conteúdos para que você possa tirar o máximo de informação e reflexões positivas.

Atividade

Um dos desafios do mercado publicitário é com relação ao desenvolvimento sustentável. De acordo com os conceitos estudados sobre sustentabilidade, veja as ações a seguir relacionadas.

I – Garantia da satisfação do cliente.

II – Consumo consciente.

III – Obsolescência programada.

Assinale a alternativa que represente os pontos relacionados ao desenvolvimento sustentável.

Apenas a I e II.

Correta: A afirmativa I está correta, pois garantir a satisfação é importante para manter uma empresa muito tempo em um mercado sadio. A afirmativa II está correta, pois comprar produtos de forma consciente é importante, principalmente para pensar na relação de recursos escassos e o consumismo.

Apenas a I.

Incorreta: A afirmativa I está correta, porém a afirmativa II também está correta, pois comprar produtos de forma consciente é importante, principalmente para pensar na relação de recursos escassos e o consumismo.

Apenas a II.

Incorreta: A afirmativa II está correta, porém a afirmativa I também está, pois garantir a satisfação é importante para manter uma empresa muito tempo em um mercado sadio.

Apenas a III.

Incorreta: A afirmativa III está incorreta, pois limitar a vida útil de um produto não é sustentável, porque aumenta o consumo de produtos que poderiam ainda estar atendendo os consumidores. A afirmativa I está correta, pois garantir a satisfação é importante para manter uma empresa muito tempo em um mercado sadio. A afirmativa II está correta, pois comprar produtos de forma consciente é importante, principalmente para pensar na relação de recursos escassos e o consumismo.

Apenas a I e III.

Incorreta: A afirmativa I está correta, pois garantir a satisfação é importante para manter uma empresa muito tempo em um mercado sadio, porém a afirmativa III está incorreta, pois limitar a vida útil de um produto não é sustentável, aumenta o consumo de produtos que poderiam, ainda, estar atendendo aos consumidores.

Atividade

A publicidade é um campo amplo que abrange aspectos criativos e de planejamento estratégico. Profissionais de publicidade precisam ser apaixonados, imaginativos e orientados para resultados. Se você não é uma pessoa de pessoas com excelentes habilidades de comunicação, esse trabalho pode não ser para você. A partir da frase "é preciso aprender cálculos no curso de Publicidade e Propaganda", pode-se considerar esta afirmação:

verdadeira, mas apenas para calcular os honorários e comissões da agência.

Incorreta: Além de calcular os honorários e comissões também é necessário aprender a calcular audiência de mídias, cálculos amostrais etc.

Verdadeira, já que nos setores de mídia, pesquisa e administrativo cálculos são essenciais.

Correta: Fazer cálculos de audiência, frequência média, alcance, receitas, cálculos amostrais, entre outros, fazem parte da atividade publicitária.

Nem verdadeira nem falsa, os únicos cálculos que se aprendem estão relacionados com as dimensões de anúncios gráficos.

Incorreta. Além das dimensões dos anúncios, também é necessário aprender a calcular audiência de mídias, cálculos amostrais, receitas, entre outros.

Falsa, no curso de Publicidade aprende a desenvolver a criatividade.

Incorreta: Pois podem ter algumas disciplinas relacionadas à criatividade, mas é necessário aprender alguns cálculos.

Falsa, pois não é uma disciplina da área de exatas.

Incorreta: Sim, o curso é ligado a área das Ciências Sociais e não das Exatas, todavia se faz necessário aprender alguns cálculos como audiência de mídias, cálculos amostrais, receitas, entre outros.

Atividade

Leia o trecho a seguir.

Quaisquer que sejam as ferramentas escolhidas para a divulgação e posicionamento de uma marca na internet seja por meio de  redes sociais, SEO, Google Adwords, E-mail Marketing –, é imprescindível conhecer bem o target das ações. Um dos maiores problemas de campanhas realizadas nestes canais é a falta de planejamento e objetividade.

A partir do texto anterior, assinale a alternativa que representa o significado de target.

Trabalhos específicos feitos para um cliente ou marca.

Incorreta: Esta é a definição de job, target se trata do grupo de consumidores ou prospectos a qual uma peça ou campanha é dirigida.

Mensagem publicitária em forma de música que canta os benefícios de uma marca ou produto.

Incorreta: Esta mensagem musical se trata do jingle, a definição de target é o grupo de consumidores ou prospectos a qual uma peça ou campanha é dirigida.

Documento que contém a descrição da situação do cliente, problemas, oportunidades e objetivos para atingi-los.

Incorreta: Este documento é conhecido como briefing, o target se trata do grupo de consumidores ou prospectos ao qual uma peça ou campanha é dirigida.

É o público-alvo de um plano de marketing, campanha publicitária ou peça de comunicação.

Correta: Target trata-se do grupo de consumidores ou prospectos a qual uma peça ou campanha é dirigida.

Estudo de caso geralmente de sucesso vivida por uma empresa ou marca.

Incorreta: Este caso, muitas vezes de sucesso, é conhecido no mercado como case, o grupo de consumidores ou prospectos a qual uma peça ou campanha é dirigida é definido como target

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Dimensões

Articulatória

Acústica

Auditiva

Vibração das cordas vocais

Frequência fundamental

Altura

Esforço físico

Amplitude

Intensidade

Momento dos movimentos articulatórios

Tempo

Duração

Quadro
Fonte

Figura

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